sábado, 30 de maio de 2009

ASTRA (Aracaju/SE) realiza o VI Encontro do Nordeste de Travestis e Transexuais.



A Associação de Travestis e Transgêneros de Aracaju - ASTRA, estado de Sergipe, realizou de 27 a 30 do mês de maio de 2009 o VI Encontro do Nordeste de Travestis e Transgêneros. Evento esse que aconteceu no Praia Hotel, Orla da Atalaia.


Durante esses dias os representantes de várias ONGs do Nordeste e diversas Autoridades Públicas que militam em defesa dos direitos humanos desse setor LGBT reuniram-se para deliberarem os rumos do movimento de luta dos travestis.


Essa associação de travestis conta com a brilhante coordenação de Tathiane Araujo. E pelos relatos da GRETCHEN FERUCHY o evento alcançou os objetivos visados.


A Associação GLBT "Flor do Sertão" foi honrosamente representada pelo travesti simãodiense GRETCHEN FERUCHY (Vice-Presidente da Associação de Gays Simãodiense) que desde o surgimento da "Flor do Sertão" tem vindo incansávelmente nos assistir em nossas dificuldades e luta em prol da comunidade LGBT poçoverdense. "Gretchen é simãodiense, e é babado!", como sempre gosta de frisar, mas declara que Poço Verde ganhou um lugar de destaque na sua afeição.




Aproveitando a presença da mais famosa travesti de Simão Dias em nossa sede, resolvemos fazer-lhe uma entrevista flash:






Nome de Estrela* : GRETCHEN FERUCHY
Data de Nascimento: 15 de agosto
Natural de: Simão Dias /SE
Sua altura: 1,92 m
Peso: 88 k
Signo: Leão
Artista que admira: CARMEM MIRANDA
Posição Sexual que costuma adotar: passivo
parceiro fixo: no momento, não
Viagem inesquecível: Maceió
Homofobia pra você é: preconceito, e é uó!
"De Glória Perez..." essa citação é criação sua? -" Claro, só não pode ser de Glória Perez, rsrsrsrsrs ".
Poço Verde é: FASHION.
Sobre o trabalho de mobilização com os LGBT: - "Eu acho que tem de lutar pelos nossos direitos de LGBT, e que todos devem se engajar mais nessa luta."
O seu grito de Guerra: Uaaauuuuu!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Melhor lugar para festa: Areia Branca/SE
Como avaliou a sua participação no cenário político simãodiense? - "Mesmo não tendo condições de eleger-se, saí às campanhas pois esse era um direito que me assistia. Considero-me vitoriosa, pois serei na história de Simão Dias o primeiro travesti candidato a cargo eletivo, e mais ainda por conta dos 35 votos de confiança que recebi dos amigos e familiares. Minha pretensão atual é voltar a disputar uma vaga na Câmara de Vereadores em 2012.
Como sentiu-se representando Poço Verde, e não Simão Dias no VI Encontro do Nordeste de Travestis e Transgêneros? - " Eu me senti muito bem, pois defendi e representei os interesses de uma associação que vem lutando pelos direitos dos travestis também. E como a representante que iria para o encontro, a Kassandra, precisou viajar, eu senti-me bem a vontade para indicar o meu nome. Uma vez que venho acompanhando a associação a muito tempo."
Rosivaldo Lisboa
Secretário da Associação GLBT "Flor do Sertão"

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Mas o que é realmente o HOMOSSEXUALISMO?


O termo atualmente usado já não é Homossexual (aquele que sente atração pelo mesmo sexo), parece que Homoerótico torna-se o mais adequado para o novo contexto que vivemos.

O termo Opção Sexual deixa de ter validade, pois uma vez que o homoerótico não escolhe ser gay, bem como o heterossexual não escolhe ser hetero, somos orientados (pela nossa própria existência) o termo passaria a ser Orientação Sexual.

O que define a marginalização do homoerotismo é a sua aceitação ou rejeição pelas sociedades, uma vez que desde os tempos mais remotos se tem notícias de ocorrências do "...amor que não ousa dizer o nome" como descreveu o escritor Oscar Wilde.


imagem em: http://www.aninhacamelo.com.br/index.php?blog=2&p=510&more=1&c=1&tb=1&pb=1





Em 1985 o Conselho Federal de Medicina do Brasil passa a desconsiderar o artigo 302.0 da Classificação Internacional de Doenças, onde considerava-se a homossexualidade como doença.

Os homoeróticos são seres humanos, portanto dotados de raciocínio, sentimentos, emoções, valores e sonhos como todos os demais seres humanos. A não aceitação por parte da sociedade, impondo-lhes amargas restrições no tocante a seus direitos, através do preconceito torna mais difíceis e dolorosas as suas vidas.

Quando da descoberta e aceitação da própria sexualidade, no gay, conflitos são vivenciados, uma vez que inicialmente sua sexualidade é proibida, alguns, até adotando uma vida ambígua. Tudo isso leva ao surgimento de diversas doenças: depressão, ejaculação precoce, disfunção erétil, anejaculação, vaginismo, dispareunia, entre outros...

A felicidade é possível quando exercitamos toda a nossa condição de cidadão no pleno exercício de seus direitos, onde se inclui o direito de exercer a sua sexualidade, seja ela qual for.

A aceitação pessoal é a primeira atitude para se vencer na vida e ser feliz.

(fonte: in http://www.sexualidadeevida.com.br/homossexualismo.php acessado em27 de maio de 2009 às 22:44h)




Rosivaldo Lisbôa de Araújo

Secretário da Associação GLBT "Flor do Sertão"

email: flordosertao_aglbt@hotmail.com

Cel. (79) 9923-2079

domingo, 24 de maio de 2009

POR QUE É IMPORTANTE PARA A SOCIEDADE ESTAR MELHOR EDUCADA A RESPEITO DA HOMOSSEXUALIDADE?








A educação de todas as pessoas em relação à orientação sexual e à homossexualidade tende a diminuir o preconceito antigay e lésbico. Informações precisas a respeito da homossexualidade são importantes especialmente para os jovens que lutam com a sua própria identidade sexual. Medos e tabus que obstaculizam a divulgação destas informações podem prejudicar a definição saudável da orientação sexual de uma pessoa. A livre orientação sexual é um direito humano fundamental!!
Orientação Sexual e HomossexualidadeTexto original em inglês: S.J. Blommer, PFLAG/DeneverAmerican Psychological Association Adaptação: Marcelo Cerqueira

“Flor do Sertão” realiza PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E PLANO DE AÇÃO






A Associação GLBT “Flor do Sertão” realiza na data de hoje, 24 de maio de 2009, em Poço Verde/ SE na sede, localizada à Avenida São José, nº 518 – Centro, seu primeiro Planejamento Estratégico para 2009/2010. Foram traçados o Plano De Ação e Metas com a participação da diretoria e filiados.
Contamos com a participação para a parte Metodológica das organizações (ANEPS/MOPS-SE), ADHAB – Associação em Defesa dos Homossexuais de Areia Branca, na qual o Sr. Alessandro Monte cuidou do resgate e da ação planejada, já o Sr. Eduardo Moura dos trabalhos em grupo, o Sr. Manuel Messias debateu sobre os objetivos institucionais da Flor do Sertão, tivemos também a participação do Sr. Rosivaldo Lisbôa que cuidou de sistematizar as ações dos planos e acompanhar a sua execução.


A instituição entende como de suma importância as ações planejadas a fim de firmar parcerias que viabilizem a execução do mesmo, sempre em consonância com as políticas públicas focadas na população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) nas três esferas do Governo.
Temos como objetivo o combate e prevenção da homofobia e a promoção dos direitos humanos de todos os LGBT, reafirmando a necessidade e o empoderamento das organizações LGBT em Sergipe, destacamos aqui a importante presença e participação da ADHAB e queremos aumentar e estreitar a relação com as demais instituições que juntas combatem as diversas formas de preconceito e discriminação.

Atenciosamente
Rosivaldo Lisboa de Araujo
Secretário da Associação GLBT “FLOR DO SERTÃO”
Email: flordosertao_aglbt@hotmail.com
Cel. (79) 9923-2079






sábado, 23 de maio de 2009

Sobre como tudo começou...


A origem do Movimento Civil LGBT

O movimento de luta contra a discriminação e de defesa dos direitos das populações LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros), tal como o conhecemos (com pessoas de todos as áreas da sociedade a organizarem-se e com marchas reivindicativas e celebrativas) começou em 1970, quando da marcha que assinalou o primeiro aniversário dos «motins do Stonewall».
Na noite de 28 de Junho de 1969 uma rusga habitual no Stonewall Inn, um bar gay – que, por sê-lo, era alvo frequente de acções policiais em que o comportamento dos agentes era sempre verbalmente agressivo – não acabou como as outras. Uma mulher resistiu à detenção e as cerca de duzentas pessoas que esperavam à porta do Stonewall (o bar havia sido esvaziado pela polícia) responderam a um grito de denúncia de «violência policial!» atirando garrafas, pedras e moedas contra os agentes. Como era sábado à noite e o Stonewall Inn ficava em Greenwich Village, uma zona de Nova Iorque que corresponde ao Bairro Alto enquanto zona de vida noturna, rapidamente duplicou o número de pessoas envolvidas no protesto.
Os agentes da polícia refugiaram-se no bar, barricando-se, e só não houve tiroteio porque no momento em que um dos agentes ia disparar através de uma janela se ouviram as sirenes dos carros da polícia que traziam reforços para tentar controlar os protestos.
Nas três noites seguintes houve mais manifestações na Christopher Street, a rua onde ficava o Stonewall Inn (que, apesar de ter ficado destruído, foi limpo e arrumado e abriu novamente na noite de 29 de Junho), tendo essas noites ficado na memória das pessoas.
Os motins da Christopher Street não foram, contudo, os primeiros protestos e gestos de desobediência civil. Já em 1961 tinha havido um protesto à porta de esquadra que durou um par de dias. A multidão exigia a libertação de dois detidos (durante uma rusga num bar gay ) e ameçava invadir a esquadra se a polícia não conseguisse provar que os detidos se encontravam bem.
Antes desta altura as únicas acções levadas a cabo em defesa dos direitos dos gays e das lésbicas (na altura ainda não existia consciência de que muitos dos problemas que afetam bissexuais e transgenders são comuns aos dos gays e das lésbica) eram acções de organizações conservadoras, que defendiam uma imitação acrítica dos modelos heterossexistas patriarcais. Nos EUA a mais famosa foi a Matachine Society e na Europa foi a francesa Arcadie (esta mais virada para o meio académico e artístico que para o público e a classe política).
Entre 1850 e 1933 houve também um importante movimento, na Europa central, de luta contra a criminalização dos actos sexuais entre pessoas do mesmo sexo e do travestismo. O país onde o movimento se organizou e fez intervenções públicas de forma mais consistente foi a Alemanha, tendo o sexólogo Magnus Hirschfeld sido o seu mais carismático líder. Mas a chegada dos Nazis ao poder acabou, através de uma repressão brutal, com o movimento (Hirschfeld era homossexual e judeu e teve de fugir).
Mas este movimento pecava por usar como argumento para combater a criminalização da homossexualidade a ideia de que se tratava de uma condição inata ainda mal estudada pela medicina (a Medicina estava a tomar o lugar da Igreja enquanto entidade controladora do opinião pública e das reformas da sociedade). Hirschfeld havia retomado a ideia do «Urning» (homem que ama outro homem) apresentada por Karl Heinrich Ulrichs (considerado o primeiro activista gay da era moderna, por ter publicado uma série de doze panfletos e ter assumido publicamente a sua homossexualidade). Tal como Ulrichs, Hirschfeld acreditava que as pessoas homossexuais eram «hermafroditas psícológicos/as» e chamou-lhes o «terceiro sexo». Embora a ideia de Ulrichs tenha sido usada pela classe médica para apontar os «Urnings» como doentes, Hirschfeld recuperou-a durante algum tempo graças à sua reputação de investigador pioneiro. Mas a recuperação temporária da imagem dos homossexuais foi-se quando Hirschfeld foi acusado de vender patentes de remédios inúteis e de extorquir dinheiro a homossexuais alemães “no armário” para financiar a sua causa.
Hirschfeld publicou também teorias hormonais da homossexualidade, o que levou a que outros tentassem “curar” a homossexualidade através na injecção de hormonas nos “doentes”.
O movimento tal como o conhecemos hoje, com ONGs e campanhas de (in)formação do público, desenvolveu as suas linhas ideológicas orientadoras durante os anos 70 (a época da teorização da Revolução Sexual, do ambiente andrógino e bissexual do glam rock, da celebração do indivíduo e da análise epidemiológica dos primeiros casos de SIDA – na altura, o «cancro gay »).
Devido à imagem de «origem da doença» e de «ameaça à saúde pública» o movimento LGBT viu-se activamente envolvido nas organizações de apoio às vítimas do VIH/SIDA (até porque, devido às políticas seguidas pelas administrações Reagan, o grosso das vítimas era, ainda, composto de homossexuais). A experiência do combate à SIDA permitiu ao movimento desenvolver as capacidades organizativas e de gestão de ONGs, bem como de organização de campanhas de massas, tendo a luta contra a SIDA servido, inadvertidamente, de escola para a criação de associações LGBT.
Nos anos 90, nos países onde a epidemia da SIDA parecia estar controlada e o público informado, assitiu-se a uma série de campanhas que resultaram na aprovação de legislação anti-discriminação e na mudança de mentalidades. Assim, se é um facto que a homofobia ainda grassa, também é verdade que foram eleitas ou nomeadas pessoas assumidamente LGBT para cargos públicos/políticos e que a homossexualidade deixou de ser um assunto proibido para passar a ser uma realidade abordada nos filmes e séries de televisão (nem sempre de forma correcta), nos telejornais (onde, infelizmente, parece imperar a filosofia de «quanto mais espectacular e aberrante, melhor») e em algumas salas de aula (geralmente o local onde são proferidas asneiras sem que as/os professoras/es disso tenham consciência). (fonte: in http://www.rea.pt/movimento.html acessado em 23/05/2009 às 10:00h)